É, sem dúvida, um dos artistas brasileiros mais significativos das últimas décadas. Sua arte é tocar bateria e percussão. Carioca e auto didata, descobriu a potencialidade da bateria ainda menino e teve influência dos principais bateristas do Samba Bossa Nova como Edson Machado, Milton Banana e Dom Um Romão e dos bateristas de Jazz norte americanos Art Blakey, Philly Jo Jones, Elvin Jones, Tony Willians e Max Roach. Destacou-se com o grupo Som Imaginário junto de Wagner Tiso, Luiz Alves, Zé Rodrix, Fredera e Tavito, na primeira formação. E desde o início de sua carreira, no final dos anos 60, até hoje, participa de gravações e concertos com grandes nomes da música nacional e internacional.
Participou de grandes festivais como New Port, Berlim, Free Jazz Festival, JVC New York, Montreaux, Midem e muitos outros.
Sua carreira inclui, não só gravações em estúdio, como apresentações ao lado de Milton Nascimento (com quem trabalhou por 26 anos), João Donato, Tom Jobim, Wayne Shoter, Paul Horn, George Duke, Egberto Gismonti, Airto Moreira, Flora Purin, Raul de Souza, Dori Caymmi, Calt Tjader, Sarah Vaughn, Gilberto Gil, João Bosco, Toninho Horta, Gal Costa, Nana Caymmi e Chico Buarque, dentre outros. Mais recentemente com Lisa Ono, Guilherme Vergueiro, Wanda Sá, Mônica Salmaso, o saxofonista Bud Shank e o guitarrista George Benson.
Responsável por um dos mais belos registros instrumentais de “Aquarela do Brasil”, com arranjo e execução simplesmente primorosa, Robertinho Silva é um carioca de Realengo internacionalmente conhecido em shows e festivais de prestígio, que encarna, com sorriso de orelha a orelha todo o encanto e a diversidade da percussão brasileira.
Estudioso da polirritmia nacional e atraído por todos os nossos universos tímbricos, regionalmente fantásticos e com implicação folclórica, Robertinho Silva desenvolveu nos últimos anos, com a valiosa colaboração do também percussionista Carlos Negreiros, uma atividade de alta relevância, pois fez desse apelo cultural um fator agregador e de transformação social para jovens de comunidades carentes da zona portuária – e adjacências – do Rio de Janeiro. Deu um importante passo na carreira com a criação da “Orquestra de Percussão Robertinho Silva”, de capacitação social e profissional de rapazes e moças, ao qual agora se segue o passo amplificado do “Espaço Musical Robertinho Silva”, em Laranjeiras,com aprendizado de outros instrumentos musicais além de percuterapia, percussão corporal e musicalização infantil, visando à descoberta de novos valores na música e atendendo à educadores de todas as idades.
Tal espaço musical é o coroamento da longa atividade didática de Robertinho, iniciada por acaso, em 1980, em um quartinho de uma casa pré-fabricada na Barra da Tijuca, para a qual então se mudara. O cômodo seria utilizado por ele para estudo e prática pessoal de bateria, mas, por causa de um boato logo espalhado, viu-se surpreendido por interessados em tê-lo como professor, atraídos pela falsa notícia de que ele criara uma escola do ramo. No entanto, Robertinho, malgrado o mal-entendido, teve lá os seus primeiros alunos. A escola de fato só se viabilizou oiti anos depois, em outro endereço e com alunos brasileiros e estrangeiros.
Em 1999, atendendo a convite da UERJ, Robertinho ministra “in loco” uma oficina de percussão, contando com o apoio de Carlos Negreiros como substituto em eventuais ausências por motivos profissionais. No ano seguinte, faz workshop na Dinamarca, no Conservatório de Copenhague, até abraçar o projeto social da supracitada orquestra de percussão, que se apresentou pela primeira vez, em grande estilo, na Sala Cecília Meireles, em três horas e meia de show e participação especial de diversos artistas de renome.
Faz concertos, ministra cursos, oficinas, seminários e workshops sobre ritmos brasileiros para todo Brasil e Exterior. Realiza também trabalhos com A Família Silva composta por ele, o patriarca da família Silva e os filhos Ronaldo, Vanderlei, Pablo e Thiago. Desenvolve projetos com companhias de dança e teatro.
Lançou seu livro em 2013 – Se Minha Bateria Falasse – onde fala da sua trajetória de vida e na música popular brasileira e do encontro com artistas nacionais e internacionais. Em breve Robertinho Silva, lançará seu livro sobre os ritmos brasileiros.
CAIXA:
Odery Signature Robertinho Silva
Medida 14 x 5
10 afinações
Acabamento: Pure Natural laqueado
Casco: Poplar e Applewood
Peles: Porosa Filme simples, excelente durabilidade
Canoas MINI MASS: inRock
Aros: Power Hopp 2,3 mm
Automático Equalizer